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Casa Acreditar em Lisboa acolheu 500 crianças em dez anos
01-04-2012
Sol
  Longe de casa, 500 crianças em tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) em Lisboa encontraram na Casa da Acreditar um lar temporário, conseguindo fugir ao destino de viver temporariamente em habitações precárias.

Foi há exatamente dez anos que a Casa da Acreditar de Lisboa recebeu as primeiras famílias que tinham filhos com cancro, concretizando um sonho imaginado por voluntárias na década de 90.

"Quando a associação começou a fazer o seu trabalho de voluntariado nos hospitais apercebeu-se de que havia pais que estavam deslocados de casa durante muito tempo enquanto os filhos faziam os tratamentos. Eles ficavam em habitações precárias. Muitos ficavam em pensões pagas pela segurança social, sendo que as condições não eram as melhores do ponto de vista emocional, nem do ponto de vista de higiene que é requerida para crianças que estão imunodeprimidas", recordou a directora da Associação, Margarida Cruz.

A associação conseguiu um terreno da autarquia lisboeta mesmo em frente ao IPO e, depois de algumas obras, recebeu as primeiras crianças em abril de 2002.

"Queríamos construir um sítio que fosse um bocadinho parecido com as suas casas, onde pudessem fazer a comida que os filhos gostam e todas as outras coisas", recordou a diretora. Com 12 quartos individuais com duas ou três camas e casa de banho privada, a cozinha é comum, assim como a sala para os pais. Na Casa da Acreditar em Lisboa existe uma sala de brincar para os mais pequenos e uma sala dos adolescentes (Barnabés), com computadores com acesso à internet e televisão.

A casa é ocupada anualmente por cerca de 50 famílias. "Tem capacidade para 12 famílias em simultâneo e recebemos em média 240 inscrições por ano", lembrou Margarida Cruz, admitindo que nem todos conseguem um lugar na casa.

"Há famílias que ficam uma semana por mês, outras que ficam um ano inteiro e outras que ficam três anos", contou à Lusa a directora da Associação, explicando que os meninos que vivem nas ilhas da Madeira e dos Açores e os dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) são os que habitaulmente ficam temporadas mais longas.

Ao longo da primeira década, passaram pela casa cerca de 140 voluntários, que "fazem um bocadinho de tudo": brincam com as crianças, fazem trabalhos manuais, levam os meninos a passear, ajudam as famílias a dar de comer às crianças ou a limpar a casa, se for necessário, exemplificou a diretora.

A estadia é gratuita e "muitas vezes representa a única ajuda que recebem durante todo o processo de tratamento", lembrou.

A Associação Acreditar abriu entretanto uma casa em Coimbra, com capacidade para 20 famílias, e prepara-se para construir um espaço semelhante no Porto.


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