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Bebés que vêem muita televisão correm riscos
01-05-2007
Diário de Noticias
"A televisão não deve ser usada como baby-sitter das crianças", alerta Sónia Carrilho, autora do estudo "A Criança e a Televisão - Contributos para o Estudo da Recepção". Mas a verdade é que muitos pais a usam para esse efeito.

No entanto, permitir que as crianças com menos de três anos vejam televisão pode influenciar negativamente o seu desenvolvimento social, linguístico e causar-lhes problemas de saúde, garante o psicólogo britânico Aric Sigman.

"Deixar os mais pequenos ver cerca de hora e meia de televisão por dia pode colocar em risco o seu crescimento saudável, antevendo problemas como défice de concentração, autismo e obesidade", refere o especialista.

Desde que nascem até aos três anos, as crianças estão em permanente desenvolvimento da linguagem e dos elos sociais, e ao estarem expostas por longos períodos a uma actividade passiva, em que são apenas receptores, "o seu crescimento vai ser afectado obrigatoriamente", analisa o psicólogo.

Perante este cenário, a melhor opção é não permitir que as crianças até aos três anos vejam televisão, como aconselham em uníssono pediatras e especialistas na matéria. Mas com o passar do tempo as regras podem mudar.

Assim, e segundo a tabela de Aric Sigman, dos três aos sete basta meia hora a uma hora por dia frente ao ecrã, até aos 12 anos a restrição deve fixar-se em uma hora por dia, dos 12 aos 15 atinge-se a barreira dos 90 minutos e a partir daí duas horas por dia de televisão é mais que suficiente.

É fundamental não esquecer que "a televisão é instrumento educativo, que deve ser usado pelos pais e professores", sublinha Sónia Carrilho, mas "até aos três anos é perfeitamente dispensável", vinca. A autora do estudo conselha que em alternativa os educadores devem propor às crianças outras actividades, menos passivas e mais interactivas, como "ler um livro, fazer um jogo, passear".

Se, ainda assim, a televisão for de fácil acesso para os mais pequenos, o conselho da especialista portuguesa é que "devem ser os pais a fazer a selecção da programação e acompanhar a actividade de modo a ajudar na interpretação do que está a passar" no ecrã.

Mas "é preciso paciência para educar uma criança a ver televisão", realça Sónia Carrilho, alertando para o facto de que não é descabido fomentar "acções de formação para os pais" para melhor os ajudar a cumprir esta árdua tarefa.



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