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Criança come muito...o que fazer?
Dezembro, 2010
Dra. Solange Burri - Consultora em Alimentação
Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil

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  Tenho 1 filha com 9 anos que começou a engordar. Agora está com 36 kg e não sei o que fazer. Ao pequeno-almoço só bebe leite (adoçado e com 1 colher de chocolate). A meio da manhã mando-lhe uma bolinha com fiambre ou mortadela de peru com um pacote de leite fornecido pela escola. Ao almoço come o habitual nos infantários: sopa, prato de carne ou peixe e fruta. Ao lanche também come no ATL e por norma é iogurte e pão com fiambre, ou cereais, ou leite achocolatado e pão com manteiga. Ao jantar tento alternar, um dia carne outro dia peixe. Quando faço sopa ela só come sopa e de seguida uma fruta, ou uma sobremesa que faça. Antes de se deitar bebe sempre leite adoçado com mel.
  O maior problema é que ela desde que chega a casa até à hora das refeições não pára de comer. Durante a semana está restrita ao tempo, porque está nas aulas e tem horários próprios para comer. Mas ao fim de semana "assalta-me" a despensa e o frigorífico. Embora eu não tenha "porcarias" em casa, ela devora iogurtes, os néctares, come pão com manteiga (de soja), bebe leite, etc. E de que forma é que eu a proíbo de comer? Já falei com ela inúmeras vezes sobre o facto de lhe fazer mal estar sempre a comer porque não consegue fazer uma digestão em condições, sobre ela estar a engordar e depois não se gostar de ver ao espelho... Mas ela nada. (Mamã C., filhota 9 anos).


  Gostaria de dizer-lhe, antes de mais, que apenas poderei dar-lhe algumas directrizes generalizadas face àquilo que descreveu. Considero importante que procure uma nutricionista para lhe efectuar um apoio personalizado, face ao peso da criança versus a sua altura.

  Assim informo do seguinte:

  1º Se a criança tem excesso de peso, então significa que consumiu maior quantidade de alimento do que aquela que necessitava para suprimir as suas necessidades energéticas. Assim, é fundamental que a criança inicie já uma actividade física que goste e a qual a ajudará a retomar o seu peso ideal. Sugiro pois que analise qual o desporto que a filhota poderia gostar e, o qual, os pais poderiam acompanhá-la semanalmente, motivando-a também;

  2º Na minha opinião, se a criança não se encontra satisfeita, este facto poderá estar associado a uma alimentação desadequada nas refeições principais que não estejam a fornecer-lhe os nutrientes energéticos que necessita. Pode também, conjugado ou não, estar relacionado com algum tipo de ansiedade psicológica que a criança evidencia, razão pela qual considero fundamental que a criança seja avaliada presencialmente por um profissional, nutricionista ou dietista, de modo a realizar também o despiste de algum distúrbio fisiológico como, por exemplo, diabetes.

  3º Considero, contudo, que a alimentação da filhota pode ser rapidamente alterada, pela diminuição do açúcar e mel presente na sua dieta diária. O mesmo é válido para os enchidos que veiculam sempre muita gordura e sal que, ao dar muita sede, pode contribuir para o consumo de bebidas em excesso, com alto teor de açúcar. Deve, realmente, fazer sempre 2 refeições completas (sopa/2º prato/fruta) e cumprir o espaçamento entre si de 3h00-3h30.

  4º Importante também beber bastante água, ou sumos diluídos, mas sempre fora das refeições e até 30 minutos antes e duas horas depois para facilitar a digestão, tornando-a assim mais eficaz.

  5º Importante também garantir a qualidade nutricional daquilo que existe à disposição da criança. Na minha opinião, não é adequado proibir a criança de comer isto ou aquilo, a estratégia é mesmo não colocar determinados alimentos à sua disposição. Simplesmente não compre para não ter que dizer não.

Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil
www.solangeburri.blogspot.com

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