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Homossexualidade explicada às crianças
13-12-2007
Portugal Diário
  Uma menina que vive com as duas mães e dois colegas de escola que trocam palavras sobre o despertar do amor servem de temas aos primeiros livros infantis sobre homossexualidade que são lançados sábado em Portugal, noticia a Lusa.

   "Por quem me apaixonarei" e "De onde venho", de autores espanhóis, são histórias que retratam a diversidade afectiva e sexual, de uma forma simples, e abrem portas a conversas com os mais novos sobre o tema.

   Marta e André são as personagens principais de "Por quem me apaixonarei", um enredo que começa numa sala de aula quando um professor diz aos alunos que se vão apaixonar quando forem crescidos.

   "Podia pedir ao Ruben e à Alice que se apaixonem por mim. Ambos são bons avançados", diz o André para a Marta, explicando que quer apaixonar-se por alguém que goste de jogar futebol, como ele.

   Mas Marta lembra-se de ter ouvido algo sobre a química do amor e decide questionar o professor de química: "Não podes escolher a pessoa por quem te vais apaixonar. Pode ser um menino ou uma menina, pode ter cabelo louro ou moreno, pode gostar de ler ou jogar", explica o professor.

   O respeito pela diversidade desde a infância é também o mote da história "De onde venho", contada pela voz de uma menina que tem duas mães.

   Recusando uma após outra as narrativas sobre o nascimento, desde a cegonha que vem de Paris até à história da sementinha, a menina acaba por recordar-se que lhe disseram que os meninas e meninas crescem nas barrigas das mulheres.

   "Essa é que me pareceu a maior mentira que já ouvi. Eu não caibo na barriga da mamã Carlota e na da mamã Ana ainda menos", diz a menina. Sem pormenores, o livro aborda de forma ligeira a realidade dos casais homossexuais, pondo fim a um vazio sobre este tema na literatura portuguesa.

   "Em português não existe nenhum livro dirigido às crianças, e famílias, sobre temas como este. E é importante o convívio com a diversidade afectiva e sexual desde tenra infância", afirmou à agência Lusa Paulo Corte Real, porta-voz da Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero.


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