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Actividade física melhora metabolismo cardíaco das crianças e adolescentes
13-03-2012
Público
  Os rapazes são mais activos e gastam em média cerca de 55% mais de tempo em actividades físicas do que as raparigas.

Mais tempo diário dedicado à actividade física melhora a saúde do metabolismo cardíaco, revela um estudo global sobre o impacto da actividade física e do sedentarismo nas crianças e adolescentes, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

Este trabalho, intitulado Actividade Física Moderada e Intensa, Sedentarismo e Factores de Risco Cardiometabólicos em Crianças e Adolescentes, contou com a colaboração de um grupo de investigadores do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Incidiu sobre um universo de 20.871 crianças e adolescentes entre os 4 e os 18 anos, tendo sido usada uma abordagem meta-analítica que combinou dados agrupados de 14 estudos realizados entre 1998 e 2009 na Austrália, Brasil, Europa e EUA.

A actividade física e o sedentarismo foram medidos objectivamente para tornar possível a análise do impacto das duas variáveis na saúde cardiometabólica das crianças e dos adolescentes. Para o efeito, os investigadores avaliaram o perímetro abdominal, a pressão arterial sistólica, os triglicéridos, o colesterol-HDL e a insulina.

Os resultados mostram que 74,9% dos observados têm um peso considerado normal, 17,7% têm excesso de peso e 7,4% são obesos. A análise indica também que os rapazes são significativamente mais activos do que as raparigas e gastam em média cerca de 55% mais de tempo em actividades físicas moderadas ou intensas do que as raparigas.

Verificou-se também que as crianças e adolescentes que praticam com maior frequência actividade física moderada ou intensa acumulam mais de 35 minutos por dia nesse nível de intensidade, comparado com pouco menos dos 18 minutos por dia das crianças e adolescentes com menor frequência de actividade física.

Os resultados deste estudo sugerem que a prática de exercício físico moderado e intenso está associada a menores concentrações de triglicéridos em crianças com peso normal ou excesso de peso. Por outro lado, melhora a sensibilidade à insulina em crianças com peso a mais e reduz a pressão arterial sistólica nos adolescentes.

Os investigadores são unânimes em afirmar que, embora seja necessário reduzir o comportamento sedentário e o tempo que os jovens passam a ver televisão, deve ser enfatizado o aumento da participação dos jovens em actividades físicas moderadas ou intensas. Esta preocupação deve ser um importante objectivo de saúde pública, cabendo à escola uma função determinante para a sua concretização.


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