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Crianças Vegetarianas - testemunhos de duas mães
Julho, 2010
CCEB / Portal da Criança

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  Cláudia Peixoto (CP) é psicóloga e vegetariana há 10 anos. Susana Gandarela (SG) é arquitecta, professora de Yoga e vegetariana há 11 anos.
  O Portal da Criança colocou algumas questões a estas duas mães, que visam ajudar a esclarecer alguns mitos associados à alimentação vegetariana das crianças.

  1. Ser vegetariano é.....
  CP - uma escolha que permite estarmos no mundo filosoficamente mais tranquilos e é mais saudável.
  SG - optar por não comer animais, porque os respeitamos como seres iguais a nós.

  2. Optei por ser vegetariana porque ....
  CP - na altura tinha começado a praticar Yoga, começaram a surgir algumas questões filosóficas, sociais e mundiais, que também se reflectiram na alimentação e porque os animais "são nossos amigos"!
  SG - comecei a fazer yoga. Hoje as razões são mesmo muitas, saúde, respeito pelos animais...

  3. Na transição para o vegetarianismo o que senti mais dificuldade foi...
  CP - aprender a cozinhar com segurança, ou seja, aprender a cozinhar, tendo em conta as qualidades dos alimentos de forma a saber que estava a receber o necessário para as necessidades do organismo.
  SG - a adaptação social.

  4. Quando engravidei, os principais cuidados que tive foram...
  CP - acho que não tive nenhum cuidado extra, estava atenta e de acordo com a fase da gravidez em que estava procurava alimentos que fossem bons para as duas como qualquer mãe, creio.
  SG - os crus muitos bem lavadinhos, comer mais germinados e pouco mais...

  5. Desde que nasceu, a alimentação da/o minha/meu filha/a foi ...
  CP - sempre ovo-lacto vegetariana e sempre que possível com alimentos biológicos.
  SG - Desde que o T. nasceu, a alimentação dele foi ovo-lacto vegetariana.

  6. Os maiores obstáculos que encontrei na alimentação vegetariana da B./do T. foram...
  CP - a entrada para a escola foi uma fase mais difícil mas não sei se lhe posso chamar obstáculo. A aceitaçãoo da diferença no outro já é difícil, aceitar que a diferença está em nós também não é nada fácil para quem tem 3 anos e só quer ser igual aos outros. Mas esse processo foi completamente ultrapassado e a minha atitude foi sempre de integração, levei petiscos para os miúdos, fiz lá uma pequena experiência de workshop de comida vegetariana para os pais e um dia fui lá ler uma história magnífica do "herb, o dragão vegetariano",que os miúdos adoraram e a B. também.
  SG - nenhuns.

  7. A reacção da família ao facto da B./do T. ser vegetariana/o foi...
  CP - aparentemente tranquila. Mais tarde percebi que tinham receios de que ela não crescesse como os outros meninos mas perante a evidência isso já só é motivo de riso.
  SG - a início recearam que este tipo de dieta alimentar fosse insuficiente para o desenvolvimento saudável do T., mas rapidamente perceberam que ele crescia muito saudável e cheio de energia (até demais!!!)

  8. A reacção do pediatra ao facto da B./do T. ser vegetariana/o foi...
  CP - foi tranquila, mas confesso que procurei um que tivesse alguma experiência ou conhecimento nessa àrea.
  SG - a início pouco aberta, mas com o tempo rendeu-se às evidência e até pediu receitas.

  9. Quando a B./o T. foi para o infantário...
  CP - para além do que já referi em cima, aumentou-me o trabalho ... porque todos os dias levo a refeição dela, sempre que possível parecida com o que os amigos vão comer.
  SG - não houve problema, ele sempre levou o lanchinho dele, mas vem sempre almoçar a casa porque os nossos horários assim o permitem.

  10. Quando a B./o T. vai a uma festa de aniversário de amigos não vegetarianos...
  CP - conversamos 5 segundos só para lembrar o que não deve comer, ela já entende bem os conceitos.
  SG - come de tudo à excepção do que tem carne.

  11. A B./o T. já mostrou interesse em experimentar alimentos não vegetarianos?
  CP - Sim claro, e já experimentou alguns alimentos dos amigos da escola ... nada é proibido, as coisas são explicadas de forma a que ela possa mais tarde fazer as suas escolhas e perceber porque fizemos as nossas. Geralmente fica contente por saber que os animais não estão em perigo por nossa causa.
  SG - Ainda não.
  12. A B./o T. tem consciência que tem uma alimentação diferente da maior arte dos meninos?
  CP - Sabe disso perfeitamente e questiona, às vezes, o que não entende, o que é óptimo porque nos dá a oportunidade de explicar, o que ás vezes não é nada fácil. Aos 5 anos já se fazem perguntas muito difíceis! E agora, a caminho da escola primária ...
  SG - Tem. E gosta da ideia de não comer os animais com os quais gosta de brincar!
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